03/04/06

Escrito no último dia de tempestade no meu coração. Daqui para a frente virá a bonança e voltarei a reacender a minha alegria, felicidade e a minha curiosidade, quase de criança, por coisas novas e sobretudo por pessoas novas...

Pouco te interessa
Se choro, se grito
Se em desespero vomito
O teu olhar está distante
O teu coração ofegante
Passas por cima de todos... de tudo
E no meu canto eu fico mudo
Com tanta mentira e desilusão
Que arrasa o meu coração!

Já não consigo pensar
Com tantas verdades cruas
Achei sempre que amar
Era o que nos unia
Mas afinal, que ironia!
Por mim não lutaste
E na primenira oportunidade
Preferiste afastar-te

Perdi-me, já não me encontro
Sinto que estou a morrer
Tenho o corpo meio morto
Já não consigo ser

A tua nova paixão
Que te consome as entranhas
Faz-te ficar surdo, ausente e cruel
As tuas palavras são fel
De uma bílis amargurada
Que descansa de madrugada
Constantemente a engendrar artimanhas
Para voltar a ser vilão
E quebrar mais uma vez o meu doce coração

Mas afinal
O propósito de tudo isto
É que ainda assim
O meu coração, acelerado
Bate descompassado
À espera de um Visto
De uma autorização
Para novamente
Entrar no teu coração
E com mãos carinhosas e muita astúcia
Concertá-lo de tanta balbúcia
Cobrir-te de mil beijinhos e carinhos
E voltar a ser EU.

É o sonho da minha vida...