03/03/06

Era uma vez uma princesa. O seu nome era Olívia e vivia numa cabana no meio da floresta com o seu príncipe Alexandre. Eram felizes. Muito felizes!
A princesa Olívia nunca tirava o sorriso do rosto e gabava a todos o seu príncipe Alexandre.
Um dia a princesa viu o seu Alexandre quase perder a vida e o seu coração parou. O que seria da vida dela sem ele? Não aguentaria decerto. O seu pensamento estava só voltado para esse sentimento e enquanto o príncipe recuperava, a princesa esmorecia com esse pensamento... E foi ficando triste e mais triste... e o seu coraçãozinho cada vez apertava mais.
Dias mais tarde, o famoso curandeiro da aldeia disse que apesar de o príncipe ficar com algumas mazelas no corpo, poderia continuar a sua vida normalmente e a princesa respirou de alívio. O seu príncipe voltava para a cabana.
Mas o Alexandre já não era o mesmo, tinha-se tornado mais triste e impaciente e a princesa não percebia porquê. Com medo, fechou-se e nunca conversou com o Alexandre sobre isso. Ele, por seu lado, também se fechou e criou-se um triste fosso entre eles.
A princesa Olívia pensou sempre que o príncipe Alexandre a amava incondicionalmente e por isso essa fase triste haveria de passar e voltariam a serem um só, felizes e a amarem-se muito.
Mas não, isso não aconteceu. Num dia triste de Novembro o príncipe Alexandre disse à sua princesa que teria de partir, que já não a amava mais.
A princesa, perdeu a sua calma natural, o mundo desabava sobre ela! Todos os sentimentos a assaltavam. Insegurança, tristeza, medo, instalavam-se no seu coração e a sua alegria habitual, o seu lindo sorriso que todos gabavam, tinha desaparecido. Para o bem e para o mal, a princesa nunca soube disfarçar os seus sentimentos, e o que sente por dentro é bem visível por fora. Agora caminha cabisbaixa, com os olhos esmorecidos e cheios de lágrimas e entre amigos encosta-se num cantinho e pouco fala...
Não tem nada para dizer! Apenas um pensamento vagueia dia e noite na sua cabeça à procura de uma resposta. À procura de um rumo, à procura do seu príncipe...

2 comentários:

karmatoon disse...

Uma história conta-se de várias maneiras.
E todas essas diferentes maneiras de a contar estão correctas, pois variam apenas de acordo com o ponto de onde o contador as observa.
Se subirmos a uma cadeira para ver uma sala, vemo-la de uma forma. Se arrastarmos a cadeira alguns milimetros que sejam, o ponto de vista muda imediatamente, mas a sala permanece a mesma...

aglidole disse...

Conta-me a tua maneira da história...